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Reprodução de curió
Os Curiós já estão prontos para a reprodução após um ano de idade. O período de acasalamento inicia-se no final do inverno e dura até o término do verão.
As técnicas estão se aprimorando e, a partir dos anos 80, os procedimentos científicos de manejo estão sendo repassados e dominados por grande parte de passarinheiros. O gaiolão é o ambiente mais utilizado pelos criadores para exercerem o processo de reprodução, pois, assim, se poderá manipular as aves, controlar a temperatura, a ventilação e umidade do criadouro com mais eficiência.
Macho e fêmea não devem viver juntos. Primeiro, por terem um acentuado instinto territorialista, podendo ocorrer brigas sérias. Depois, mesmo que não briguem, perdem o interesse mútuo e não acasalam. Eles só devem ficar na mesma gaiola na época de reprodução e, mesmo assim, apenas pelo tempo que durar a cópula. Mesmo na fase reprodutiva não basta juntar o casal; eles precisam namorar. Mas, há um detalhe: não podem se ver, só se ouvir.
Há vários sinais que indicam ter chegado o momento do acasalamento: a fêmea vai ao ninho constantemente, se move muito, carrega ciscos de sisal ou raiz (a colocação de feixes de pedaços de sisal ou raiz na gaiola estimula a fêmea a preparar o ninho) e aumenta o consumo de água. Quando a fêmea começa a abaixar quando vê o macho (solicitar a cópula), deve-se abrir o passador lateral existente nas gaiolas para o macho entrar na gaiola da fêmea. Assim que for realizada a cópula, o macho deve ser cuidadosamente induzido a retornar a sua própria gaiola e novamente deve ser colocada a barreira visual. Duas cópulas são suficientes para fertilizar todos os ovos de uma postura.
A média de ovos é de dois por postura e a eclosão ocorre cerca de 13 dias após a postura. Passados 13 dias do nascimento, os filhotes já estão prontos para sair do ninho e com 33 ou 35 dias já podem ser afastados da mãe (sempre verifique se o filhote está se alimentando e bebendo antes da separação). Os ninhos mais recomendados são do tipo taça, feitos de bucha vegetal, com 5,5cm de diâmetro e 3,5cm de profundidade. O material para confecção do ninho, como a raiz do capim “rabo de macaco” e a própria bucha, devem ser deixados à disposição da fêmea durante o período de reprodução.
Gaiolas e locais para a reprodução de curió
Há inúmeros modelos dessas gaiolas ou gaiolões. A preferência deve ser dada às fabricadas totalmente com arame, pois é a mais higiênica e de mais fácil controle de doenças. Quando for desinfetar uma gaiola de arame puro, basta submetê-la a um calor de 120 graus centígrados por alguns minutos ou imergi-la em uma solução com os melhores desinfetantes.
O tamanho ideal da gaiola é de 50 cm x 28cm x 36cm, podendo haver variações conforme a disponibilidade de espaço. É obrigatório que haja uma divisória no centro, para o caso em que se deseje isolar o casal ou os filhotes. É fundamental a utilização de uma capa protetora que irá isolar cada gaiola, evitando a contaminação entre elas. Além disso, a capa acomoda a fêmea, mantendo o ponto de fuga, ajudando na eliminação do estresse; criando um nicho para ela.